domingo, 10 de julho de 2016

Constipação Intestinal (intestino preso)

 Crianças com constipação intestinal, intestino preso ou ressecadas, podem se beneficiar das medidas abaixo:




- Incluir na dieta os seguintes alimentos: feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, milho, pipoca, coco, verduras, frutas naturais e secas, aveia em flocos, ameixa preta;

- As frutas devem ser consumidas preferencialmente com casca e bagaço;

- Farelo de trigo pode ser encontrado na seção de produtos naturais do supermercado (nem sempre é aceito com facilidade pela criança); há algumas fibras em farmácia produzidas para melhor aceitação;

- Sentar a criança no vaso sanitário por pelo menos 5 minutos, preferencialmente após as refeições, período em que a chance de sucesso é maior;

- Utilizar redutores de vaso e apoio para os pés: as crianças pequenas precisam de apoio para sentar no vaso sanitário, pois sem isso elas não conseguem realizar a contração do abdome para ajudar a expulsar as fezes; o receio de cair dentro do vaso e a posição desconfortável contribuem para o insucesso do processo;

- A criança pode fazer uso de medicações durante 6 meses até 2 anos até que consiga evacuar sem auxílio de remédios

Postura errada. Não tem apoio para os pés







Redutor de vaso

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Dúvidas de Consultório - Infecção Urinária

A infecção urinária é uma queixa frequente em consultório de Cirurgia Pediátrica. A regra geral é: nenhuma criança deve ter nenhuma infecção na urina. Não é normal a criança ter uma ou duas infecções. Sendo assim, após o primeiro episódio, já é necessária uma investigação do trato urinário.

Essa investigação consiste, inicialmente, em uma ultrassonografia e investigação de refluxo urinário. Dependendo dos resultados, outros exames podem ser realizados. Quanto mais jovem a criança, maior a necessidade de realizar a investigação precoce. Há casos, infelizmente, em que a criança pode perder totalmente um rim devido às infecções.

Por outro lado, há crianças que chegam ao consultório com relato de ter tido várias infecções. Após breve investigação é percebido que a maior parte delas, as vezes todas, não se tratavam de infecções urinárias. Nesta situação, muitos antibióticos foram utilizados sem necessidade. Isso decorre não somente de coletas inadequadas de exames, mas também de erros de interpretação. Por exemplo, muitas crianças recebem antibióticos injetáveis porque o exame de urina demonstrou uma grande alteração (leucocitos muito altos), quando na verdade, este exame não serve para avaliar gravidade da infecção, mas apenas a presença ou não da mesma.

Em resumo, cada caso deve ser cuidadosamente conduzido, para evitar medidas equivocadas. Uma consulta bem conduzida evita medicamentos e exames desnecessários, evita ansiedade por parte dos pais e, principalmente, lesões renais irreversíveis.